sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O talento..

Este vídeo retrata a experiência que uma das alunas 
da nossa graduação vivenciou com alguns moradores de rua! 
Ele demonstra que não é porque essas pessoas são desprovidas
de "condições básicas" (como casa, comida, higiene e etc) que
elas não têm talento, sabedoria e,
principalmente, HUMANIDADE!


Obrigada pela colaboração Glaúcia Chiva! ;]

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Músicas

Olá pessoal estamos postando duas músicas ... esperamos que vocês gostem!!


Outras Frequências
Engenheiros do Hawaii
Seria mais fácil fazer como todo mundo faz.
O caminho mais curto, produto que rende mais.
Seria mais fácil fazer como todo mundo faz.
Um tiro certeiro, modelo que vende mais.
Mas nós dançamos no silêncio,
choramos no carnaval.
Não vemos graça nas gracinhas da TV,
morremos de rir no horário eleitoral.
Seria mais fácil fazer como todo mundo faz,
sem sair do sofá, deixar a Ferrari pra trás.
Seria mais fácil, como todo mundo faz.
O milésimo gol sentado na mesa de um bar.
Mas nós vibramos em outra frequência,
sabemos que não é bem assim.
Se fosse fácil achar o caminho das pedras,
tantas pedras no caminho não seria ruim

Que País É Esse?

Legião Urbana

Nas favelas, no Senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a Constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
No Amazonas, no Araguaia iá, iá,
Na baixada fluminense
Mato grosso, Minas Gerais e no
Nordeste tudo em paz
Na morte o meu descanso, mas o
Sangue anda solto
Manchando os papeis e documentos fieis
Ao descanso do patrão
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Terceiro mundo, se foi
Piada no exterior
Mas o Brasil vai fica rico
Vamos faturar um milhão
Quando vendermos todas as almas
Dos nossos indios num leilão
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Poema: A rua

Além de dicas de vídeos e livros sobre o tema, achamos interessante postar hoje esse poema que retrata a situação do "povo esquecido"!!
Esperamos que gostem...


"A rua, concreta, discreta
Nos mostra a frieza da sociedade
E a tristeza de um povo esquecido.
A rua, cinza, prateada, concreta,discreta,
Esconde o brilho da lua
Através da escuridão solitária
Nos mostra o pouco caso dos governantes
E a tristeza de um povo esquecido.
A rua, vazia, fria, Cinza, prateada, Concreta, discreta,
Sufoca os sentimentos,
Entristece a felicidade do sorriso,
Apaga o brilho do olhar,
Nos mostra as drogas da vida
E a tristeza de um povo esquecido.
A rua, violenta, imponente, vazia, fria, Cinza, prateada, concreta, discreta,
Acaba com a alma infantil,
A brincadeira com a bola
E a roupa colorida
Que caracterizam as crianças.
Assim, mais uma vez, a rua nos mostra
A frieza da sociedade,
O pouco caso dos governantes,
As drogas da vida
E a tristeza de um povo esquecido."

 
                                           (Mariana Zayat Chammas)







         

Dicas de livros e filmes sobre moradoradores de rua

Olá! A proposta de hoje é postar dicas sobre livros e filmes com o tema: "Morador de Rua".

LIVROS:

"Vidas de Rua": Cleisa Moreno Maffei Rosa.
Neste livro a autora indica que as difícieis conjunturas econômicas das décadas de 1970 e 1980 deixaram parcelas significativas de trabalhadores à mercê do desemprego e da precariedade cada vez maior das condições de trabalho, com efeitos perversos em suas vidas, tais como, situações de extrema dificuldade material, rompimento de vínculos afetivos, ameaça cotidiana da violência policial e das ruas, agravada pela presença cada vez mais avassaladora do crack, ausência de direitos e abandono institucional.

"Poder e Contrapoder - Imprensa e morador de rua em São Paulo e Paris": Camila Giorgetti
Este livro aborda com profundidade o morador de rua e a batalha por sua visibilidade na sociedade, no estado, na academia e na mídia. O trabalho está dividido em duas partes. Na primeira, “O poder”, partindo da história do Estado do Bem-Estar Social, na Europa e no Brasil, e de sua crise, ao mesmo tempo em que aponta aspectos pontuais desse processo, como os ideais igualitários em meio à racionalidade econômica e à instrumental. A autora segue em direção a uma análise diferencial de como os moradores de rua são objetos da estrutura legal nas duas cidades em que realizou sua pesquisa.
Nesse movimento, analisa a relação entre o morador de rua e o poder constituído do Estado. A higiene social e a relatividade da cidadania são alguns dos modos como o poder prepara a cegueira social.
Na segunda parte, “O contrapoder”, Camila Giorgetti passa a discutir os mecanismos possíveis de luta pela visibilidade que será essencial na transformação da cidadania inconsistente do morador de rua.
Aqui, a academia e a mídia terão o papel fundamental, expondo a arquitetura da cegueira em curso: professores e jornalistas podem analisar e propor soluções contra a intolerância e o extermínio, modos dinâmicos da invisibilidade.” 


FILMES:  

"A margem da imagem": Evaldo Morcazel

O filme surgiu de um exercício realizado por Mocarzel em um curso em Nova York. Seu projeto, Pictures in the Park, queria discutir o roubo de imagem com moradores de rua e acabou se transformando em idéia para um projeto mais ambicioso.
À Margem da Imagem é o primeiro de uma série de documentários preparados pelo cineasta. Quatro documentários tentarão fazer um retrato do Brasil urbano. À Margem da Imagem, sobre moradores de rua, À Margem do Concreto, sobre ocupações, À Margem do Lixo, sobre catadores de papel, e À Margem do Consumo, sobre uma favela. Um quinto filme ainda completa os planos do diretor: Parteiras, filmado na Amazônia.
O documentário "A margem da Imagem" mostra as rotinas de sobrevivência, o estilo de vida e a cultura dos moradores de rua do município de São Paulo.
Foi lançado em 2003 e possui a duração de 72 minutos. 

"Última Parada 174" : Bráulio Mantovani.
É um filme brasileiro de 2008 é  uma ficção baseada na história verídica de Sandro Brabosa do Nascimento, menino de rua do Rio de Janeiro que sobreviveu à chacina da candelária e, em 2000 sequestrou um ônibus. 
A Chacina da Candelária, como ficou registrada na mídia, ocorreu na madrugada do dia 23 de julho de 1993, ocassião na qual  seis moradores de rua foram assassinados por policiais militares próximos às dependências da Igerja da Candelária.


Espero que gostem das dicas!!





 

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Dimensionando a situação!

     Queremos com essa postagem ressaltar alguns números em relação a população de rua que podem levar-lhes à algumas reflexões!
     Recentemente, em 2008, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) realizou uma Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua a qual fez um levantamento sobre esta população (incluindo somente aqueles com 18 anos completos ou mais).
     O estudo de abrangência nacional identificou um contingente de 31.922 adultos em situação de rua nos 71 municípios pesquisados. Identificou que essas pessoas comumente vivem em calçadas, praças, rodovias, parques, viadutos, postos de gasolina, praias, barcos, túneis, depósitos e prédios abandonados, becos, lixões, ferro-velho ou pernoitando em instituições (albergues, abrigos, casas de passagem e de apoio e igrejas). Isso ilustra a variedade dos locais onde essas pessoas costumam se abrigar e, além disso, mostram o quanto estão privados de uma moradia adequada e digna, sendo que isto nada mais é do que um direito de todo cidadão.
     Pensado sobre a questão dos direitos e condições básicas de sobrevivência, outro dado do estudo que torna-se relevante é em relação à nutrição. 19% dos entrevistados não conseguem se alimentar todos os dias, sendo que 80% conseguem fazer ao menos uma refeição/dia. 
  Você sabia que 10,1% desta população tem hipertensão, 6,1% algum problema psiquiátrico/mental, 5,1% HIV/Aids e 4,6% problemas de visão/cegueira? E além disso, que 24,8% das pessoas em situação de rua não possuem quaisquer documentos de identificação?
     Esta pesquisa traz muitos outros dados que dimensionam a situação de calamidade que estas pessoas vivem e os desafios que enfrentam no seu cotidiano. Para mais, mostra o quanto os moradores de rua são excluídos socialmente e a discriminação que sofrem. 
     Agora é valido pensar, o quanto você contribuí para o aumentou ou redução desses índices? O quanto você esta envolvido ou inteirado com essa situação? Você ao menos um dia pode olhar para um morador de rua e compreender a situação dele invés de julgá-lo como um "andarilho vagabundo" que está ali por escolha própria? Já pensou o quanto aquela pessoa pode estar sofrendo? Que ele é um ser humano que tem sentimentos, que chora, que precisa dos outros e que sente fome, frio e medos? Pois é, talvez aquele que dorme na sarjeta não seja tão diferente de você... 
     Por isso reflita e pense sobre suas ações, mesmo que elas sejam pequenas, podem fazer a diferença!



* Caso tenha ficado curioso, segue o link da pesquisa na integra:
http://www.mds.gov.br/backup/arquivos/sumario_executivo_pop_rua.pdf

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O que queremos, afinal?

     Primeiramente, sejam todos BEM-VINDOS!!!

     Nesta nossa primeira postagem gostaríamos de nos apresentar e falar um pouco sobre as nossas pretensões e como surgiu esta proposta de blog.
    Como já descrito no "quem somos nós", nós somos alunas de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos há três anos. Neste curso temos a prática da profissão desde o primeiro ano de graduação e com isso já temos um pouco de experiência com as mais diversas parcelas da população e uma delas são os moradores de rua. Não são todas as alunas que têm essa experiencia direta com os moradores, mas de um modo ou outro damos atenção à eles e este blog é um exemplo disto!
     Em uma disciplina, na qual estudamos os recursos da nossa futura profissão surgiu a proposta de experimentarmos alguns recursos midiáticos, dentre eles o "blog". E cá estamos!
Dentre os possíveis temas a serem abordados nos recursos estudados, nos interessamos pelo "MORADORES DE RUA". Então vocês nos perguntam "Por que escolheram esse tema?". Acreditamos que ainda estamos a construir a resposta desta pergunta, mas supomos que o interesse inicial surgiu a partir da sensibilização das alunas pela situação de vida que estas pessoas se encontram e pelo fato de serem indivíduos muitas vezes pouco ouvidos, vistos, respeitados e valorizados pela sociedade em geral!
     Queremos através deste conseguir sensibilizar mais pessoas e fazer com que estas vejam esses moradores de rua como cidadãos, que os vejam como seres que também têm uma história de vida e tem o direito de viver da maneira mais saudável e qualitativa como qualquer outro.. Queremos mostrar uma realidade próxima a todos nós, mas que muitos acreditam estar distante!
     Esperamos que vocês gostem e compartilhem conosco sua opiniões, comentários e reflexões!!!

     
      Obrigada pela visitaa.. voltem sempree!! 

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