terça-feira, 22 de novembro de 2011

Dimensionando a situação!

     Queremos com essa postagem ressaltar alguns números em relação a população de rua que podem levar-lhes à algumas reflexões!
     Recentemente, em 2008, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) realizou uma Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua a qual fez um levantamento sobre esta população (incluindo somente aqueles com 18 anos completos ou mais).
     O estudo de abrangência nacional identificou um contingente de 31.922 adultos em situação de rua nos 71 municípios pesquisados. Identificou que essas pessoas comumente vivem em calçadas, praças, rodovias, parques, viadutos, postos de gasolina, praias, barcos, túneis, depósitos e prédios abandonados, becos, lixões, ferro-velho ou pernoitando em instituições (albergues, abrigos, casas de passagem e de apoio e igrejas). Isso ilustra a variedade dos locais onde essas pessoas costumam se abrigar e, além disso, mostram o quanto estão privados de uma moradia adequada e digna, sendo que isto nada mais é do que um direito de todo cidadão.
     Pensado sobre a questão dos direitos e condições básicas de sobrevivência, outro dado do estudo que torna-se relevante é em relação à nutrição. 19% dos entrevistados não conseguem se alimentar todos os dias, sendo que 80% conseguem fazer ao menos uma refeição/dia. 
  Você sabia que 10,1% desta população tem hipertensão, 6,1% algum problema psiquiátrico/mental, 5,1% HIV/Aids e 4,6% problemas de visão/cegueira? E além disso, que 24,8% das pessoas em situação de rua não possuem quaisquer documentos de identificação?
     Esta pesquisa traz muitos outros dados que dimensionam a situação de calamidade que estas pessoas vivem e os desafios que enfrentam no seu cotidiano. Para mais, mostra o quanto os moradores de rua são excluídos socialmente e a discriminação que sofrem. 
     Agora é valido pensar, o quanto você contribuí para o aumentou ou redução desses índices? O quanto você esta envolvido ou inteirado com essa situação? Você ao menos um dia pode olhar para um morador de rua e compreender a situação dele invés de julgá-lo como um "andarilho vagabundo" que está ali por escolha própria? Já pensou o quanto aquela pessoa pode estar sofrendo? Que ele é um ser humano que tem sentimentos, que chora, que precisa dos outros e que sente fome, frio e medos? Pois é, talvez aquele que dorme na sarjeta não seja tão diferente de você... 
     Por isso reflita e pense sobre suas ações, mesmo que elas sejam pequenas, podem fazer a diferença!



* Caso tenha ficado curioso, segue o link da pesquisa na integra:
http://www.mds.gov.br/backup/arquivos/sumario_executivo_pop_rua.pdf

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